Freguesia situada nas abas da Serra do Pisco, com o ponto mais alto no marco geodésico desta serra a 986 metros de altitude, onde se encontra o Talefe da Serra do Almançor. Esta serra é atravessada pelo Rio Dão e pela Ribeira de Carapito e ai subsistem as ruínas dos Castelos de Carapito que compreendem um povoado fortificado, cuja cronologia pode variar entre a Época Romana e a Medieval Cristã.
Classificado como Monumento Nacional o Dólmen I de Carapito, conhecido localmente como “Casa da Moura”, está inserido num pequeno espaço cronológico desde o Neolítico Final e Calcolítico e erigido numa pequena elevação natural junto à margem direita de Carapito. Este monumento é bem conhecido da comunidade científica e de referência obrigatória nos estudos sobre o megalitismo da Península Ibérica, quer pela sua monumentalidade, quer pelas gravuras rupestres de alguns dos seus esteios.
Santa Maria de Carapito é uma paróquia muito antiga, como atestam as Inquisições de D. Afonso III de 1258. A freguesia foi referida como pertencendo a cavaleiros (villa de Carapito est de militibus), sendo, na altura, servida por juízes régios. Foi extinta em 1836 e integrada em Aguiar da Beira, da qual é, ainda hoje, freguesia. Na sua praça principal conserva-se o Pelourinho Manuelino (Séc. XVI), que comprova o extinto estatuto de concelho. Esta praça acolhe, também, a Igreja Paroquial, edificada no século XVII, seguindo uma arquitetura maneirista, barroca e neoclássica e nas suas imediações, a Capela de Nossa Senhora do Rosário, seiscentista, de espaço único, com cobertura de madeira em artesoado e arquitetura vernácula e maneirista. Mais distante da malha habitacional, encontra-se a Capela de São Sebastião, edificada no século XVII, retratando uma arquitetura religiosa maneirista e barroca.