Os Mapas
O ingrediente imprescindível para realizar um percurso de Orientação é um mapa. Estes mapas são específicos para a modalidade e são uma representação em papel da zona onde o percurso vai decorrer.
Os mapas de Orientação são muito precisos e detalhados, sendo desenhados numa escala que permite cartografar muitos detalhes tais como pedras com 1 metro de altura, zonas de vegetação de densidade diferente, muros, caminhos, casas, etc. Em suma, tudo o que é relevante para a navegação do praticante está assinalado no mapa.
As curvas de nível, linhas castanhas que percorrem todos os mapas, são o elemento mais difícil de interpretar, sendo responsáveis por fazer uma representação do relevo do terreno. São muito utilizadas por atletas mais experientes, mas nestes percursos de iniciação a sua interpretação não é necessária.
As cores branca, verde e amarela estão relacionadas com a presença e ausência de vegetação. Zonas sem cor (cor branca) são áreas de floresta limpa (sem mato). Se num mapa existir uma zona com a cor verde é sinal que existe vegetação. Quanto mais forte for o tom de verde, mais complicado é transpô-lo. A cor amarela simboliza zonas com ausência de árvores. Estas zonas são, na generalidade, zonas de boa progressão.
O preto pode representar elementos rochosos (como pedras e falésias) ou construções relacionadas com o Homem (como caminhos e casas).
O percurso de Orientação é assinalado no mapa com a cor magenta ou púrpura. Cada ponto de controlo tem um código numérico, sendo responsabilidade do participante confirmar que está no código correto.
Os símbolos presentes nos mapas de Orientação são iguais em todo o planeta e as regras para a cartografia destes mapas são estabelecidas pela Federação Internacional de Orientação.
Cada percurso tem uma sinalética onde é dada informação importante. A sinalética pode ser apresentada a magenta ou preto e nela podemos encontrar a distância, desnível, número de pontos de controlo, código numérico de cada ponto, a localização exata da baliza no elemento, entre outras.
Na área de prova há mais pontos de controlo do que aqueles que o nosso percurso utiliza. Para ter a certeza que está no ponto correto, o código da segunda coluna da sinalética tem de ser igual ao código que encontrará na baliza. Por exemplo: quando chegar ao ponto 3, deve encontrar o número 38. Já no ponto 7, o número será o 36.
Numa primeira fase não é relevante saber interpretar os restantes símbolos da sinalética. Apenas confira que está no ponto correto, confirmando que o código da sinalética corresponde ao número da baliza.
A interpretação (mais complexa) da sinalética faz-se da seguinte forma:
A – Número de ordem do ponto de controlo
B – Código do ponto de controlo
C – Qual dos dois ou mais elementos idênticos
D – Elemento onde se situa o ponto de controlo
E – Natureza do elemento
F – Dimensões / combinações
G – Localização da baliza em relação ao elemento
H – Outras informações
Nas seguintes imagens pode consultar os principais símbolos utilizados nas sinaléticas e o respetivo significado.